segunda-feira, 4 de outubro de 2010

CARREIRA


A semana iniciando, e eu aqui torcendo para que todos vocês possam ter dias maravilhosos, motivadores e com suas metas realizadas.
Como consultora em Gestão de Pessoas, estou sempre buscando uma forma para que as pessoas tenham a oportunidade para as boas informações. E hoje recebi um texto repassado pela amiga Conceição Amorim, gerente de Suporte e Negócio do Banco do Nordeste. Como fizemos especialização em RH juntas, ela sabe do que gosto, e é claro, que tinha que compartilhar com vocês.
O texto foi escrito pelo consultor Marcelo Abrileri. Boa degustação!


FORMAÇÃO ACADÊMICA NÃO É GARANTIA PARA EMPREGO


Há poucas décadas, ter um curso superior ou uma pós-graduação era um grande diferencial competitivo. Hoje, com o mercado altamente competitivo e a
necessidade maior de capacitação, isso tornou-se praticamente um perfil padrão.
Para mim, o diferencial competitivo não está na formação ou mesmo nos cursos de graduação, pós e MBA. Atualmente, as empresas precisam de muito mais do que apenas profissionais formados. Elas necessitam de pessoas capazes de ofertar várias competências simultaneamente, sendo que a formação é apenas uma delas. Veja a seguir algumas destas competências:

1. Competências relacionadas ao conhecimento

Autodidatismo – A quantidade de informação nova que surge todos os dias é enorme e não estar atento a ela é ficar desatualizado perante o mercado.
“Reciclagem” – A palavra de ordem do mundo atual é mudança. Por isso, muitas vezes o que se aprendeu na escola não é mais adequado e precisa ser reciclado.
Prática na execução – Experiências anteriores também são bem importantes.
Capacidade de agregar novos conhecimentos – Isso pode ser feito através da troca de conhecimento e experiência feita com as pessoas que você conheceu ao longo da vida. Todos somos professores e alunos ao mesmo tempo.
Habilidade com idiomas – O inglês é o mais importante dentre eles. Grande parte da literatura técnica em diversas áreas e muito conteúdo disponível na Internet está nessa língua.
Conhecimento de informática e internet – Ter familiaridade com o computador ajuda muito a desempenhar bem a maioria das funções e a dar continuidade ao aprendizado nesta área.

2. Competências relacionadas a valores

Zelo pelos valores morais e éticos – Principalmente para cargos de liderança, pois já se foi o tempo em que o chefe era alguém que mandava. Hoje, o gestor é aquele profissional que dá um exemplo a ser seguido.
Coragem – Para tomar decisões e correr o risco de errar, ao invés de viver se escondendo atrás de atitudes burocráticas e medrosas.

3. Competências relacionadas a capacidades diversas
Criatividade – Não se aprende a ser criativo na escola. Criatividade tem a ver com a liberdade de pensamento. É se permitir, inovar, arriscar e até mesmo se expor ao ridículo. Hoje, as empresas precisam de respostas e saídas criativas para os problemas que surgem.
Boa comunicação – É importante articular corretamente as ideias; estabelecer
relações lógicas, coerentes e claras entre os fatos; e saber se expressar bem
através da escrita.

4. Competências relacionadas ao comportamento

Inteligência emocional – É maior a necessidade de interagir e de agir como
equipe. Saber se relacionar é fundamental na formação de equipes fortes e
unidas.
Capricho, preocupação e zelo – Toda empresa deseja um profissional que
desempenhe suas funções com esmero.
Iniciativa para resultados – Não se aprende na escola a ser proativo e disposto a perseguir suas metas.
Simpatia – Ser cortês, não falar mal dos outros, não participar de fofocas, ser
prestativo e estar sempre pronto a ajudar. Tudo isso ajuda, fazendo com que as coisas fluam e amizades sejam conquistadas.
Espírito empreendedor – Ser responsável e gerir seu “pedaço”, seu tempo, suas tarefas, organizar-se para que possa render.
Resiliência – Significa a capacidade do indivíduo em lidar com problemas, superar obstáculos ou resistir à pressão e situações adversas (choque, estresse) sem surtar e, principalmente, conservando o mesmo perfil psicológico.

Percebem que, em meio a tantas coisas importantes, uma formação torna-se
apenas mais um item? Não quero dizer com tudo isso que a formação não é
importante, mas gostaria de mostrar por que a formação apenas não é suficiente para constituir um bom profissional.
É uma pena que a maioria dos departamentos de RH das empresas ainda não
tenha percebido isso e continue endeusando certos profissionais que se formaram em universidades ditas como “de primeira linha”. O ideal seria dar aos outros pontos a mesma importância dirigida aos diplomas.

*Marcelo Abrileri é presidente e sócio-fundador da Curriculum.com.br, e
especialista em recolocação profissional.

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